Todo ser humano é um estranho ímpar! Esta frase de Carlos Drummond de Andrade resume de forma simples e poética a particularidade que cada um carrega dentro si. E são estas diferenças que promovem grandes encontros e muitas vezes grandes conflitos.
No âmbito do trabalho essa pluralidade pode ser o que impulsiona ou minimiza os resultados, ao passo que de forma geral tudo é feito por pessoas e para pessoas. Esta premissa nos remete então ao termo capital humano, que em suma significa que Pessoas são potenciais ferramentas e combustível para a construção e realização de metas e objetivos.
Em uma esfera mercadológica gente é igual a lucro. Obstante a visão romântica, política ou idealista, sabemos que boa parte das empresas que têm sucesso já descobriu a “fórmula mágica” que equaciona Pessoas e Processos para gerar Resultados positivos.
Muitas vezes me perguntam como motivar, incentivar ou estimular o capital humano; e respondo que é conhecendo as pessoas com as quais você trabalha, após conhecer profundamente qual é a cultura e propósito da sua empresa ou projeto.
Certamente é difícil lidar com aquilo que não conhecemos, seja nossa própria empresa ou nossa equipe de trabalho. Como tomar decisões ou delegar? Como estabelecer uma comunicação assertiva? Como angariar melhores resultados sem ter os indicadores necessários?
Se pessoas são decisivas para os resultados, e se estas por sua vez são diferentes e precisam estar engajadas e alinhadas a cultura empresarial e ao propósito, seria uma “ausência de estratégia” acreditar que é possível estabelecer um modelo único para liderar todos, bem como manter uma comunicação interna e externa padronizada e inflexível.
Do veneno pode-se produzir o antídoto! De pessoas e suas características e individualidades pode – se obter novas soluções, criatividade, inovação, diferencial competitivo, valor agregado e lucratividade.
Em um cenário onde a crença predominante é de que pessoas são geradoras de conflitos e dão problema, ressignificar esta afirmação é transformar “gente difícil” em oportunidade. Essa temática é relativamente antiga, no entanto a prática efetiva deste conceito é uma exceção, por mais incrível que pareça. Não tem segredo e nem milagre! Cultivar crenças arraigadas e limitadoras é negar a possibilidade de crescer a partir dos desafios.
A empresa e o líder podem enxergar o colaborador como um custo trabalhista, como um membro da equipe que tem crachá e uniforme, ou pode olhar para cada um como um caminho para o sucesso. Sucesso da empresa e do colaborador!
Mas como iniciar este novo ciclo e abordagem de trabalho, se a equipe parece estar cada vez mais desmotivada, e distante das metas da empresa? Como investir tempo e recursos para conhecer e traçar o perfil adequado para cada tarefa e cada funcionário?
A resposta é simples: Não existe um método universal, cada empresa possui a sua realidade e sendo assim é fundamental conhecer as suas dificuldades e potencialidades para que se possa co criar novas crenças e resoluções, promovendo assim um clima organizacional favorável e produtivo:
Qual é a sua forma de liderar e trabalhar?
Para você, pessoas significam problemas ou solução?
Qual é o maior desafio para você em relação a gestão de pessoas?
Daiane Machado
Coach e Consultora Empresarial